quinta-feira, 9 de junho de 2011

Influências da globalização

Posted by Escola Municipal Moacyr Padilha 21:04, under | No comments


Patrícia Bispo


Com o advento da globalização, as barreiras que antes existiam entre os continentes foram quebradas. Hoje, por exemplo, crianças navegando no mundo virtual e com acesso a informações que ocorrem nos extremos do planeta virou uma cena comum. No universo corporativo acontece um processo bem semelhante e numa velocidade cada vez mais acelerada, pois adquirir novas tecnologias tornou-se não apenas um privilégio para poucos, mas sim uma exigência para ser competitivo no mercado acirrado.
Dentro desse contexto, as organizações passaram a investir mais no capital humano, afinal são as pessoas que fazem a diferença para o negócio. Em outras palavras, o estímulo ao desenvolvimento do se humano transformou-se num investimento de mão dupla, afinal ganha a empresa que passa a contar com colaboradores mais capacitados como também o profissional que adquire novas competências, sejam essas técnicas ou comportamentais.
A globalização tem exercido uma influência tão significativa no comportamento organizacional, que os negócios extrapolaram as barreiras regionais e se verifica cada vez mais a adoção de estratégias mundiais. No mercado é completamente corriqueira a instalação de filiais de grandes empresas pelo mundo, que precisam reportar resultados imediatos e diretamente às matrizes ou às regionais. Dessa troca de informações, depende a conquista de novos clientes, o lançamento de novos produtos e de uma infinidade de outros fatores que determinam a sobrevivência da companhia.
Para atender a essa nova demanda corporativa, inúmeros são os treinamentos ministrados que podem ser observados no mercado. Acompanhar esse ritmo normalmente exige que as organizações contem com profissionais que tenham uma visão ampla do mercado e a realidade demonstra ser necessário ter a presença de colaboradores que dominem mais de um idioma. A questão é como a empresa deve fazer esse investimento de maneira otimizada e que garanta resultados concretos. Por onde começar? Como não obter erros primários? Essas são apenas algumas questões levantadas por muitos profissionais de RH que recebem a missão de capacitar os colaboradores a dominarem um idioma estrangeiro.
Segundo Cláudia Shimizu, gerente de soluções empresariais da Seven Idiomas, diante dessa realidade global o inglês foi adotado como língua oficial no mundo corporativo. "Podemos, inclusive, observar que há vários grupos de funcionários brasileiros de multinacionais sobressaindo-se em relação aos seus pares estrangeiros e, muitas vezes, eles se tornam líderes de projetos mundiais. Essa já é uma realidade evidenciada na área da Tecnologia da Informação", acrescenta. Estimular os funcionários a falar o inglês tem sido uma realidade visivelmente crescente, pois são esses profissionais que, geralmente, exercem cargos de destaque nas empresas e que fazem a interface com representantes estrangeiros.
"Há uma parcela de funcionários de alta performance que necessita do inglês de forma rotineira, onde a cobrança com relação ao aprendizado é acentuada, e talentos sendo desenvolvidos para atingir essas posições de destaque no futuro", ressalta, ao acrescentar que também existem os casos de funcionários que não têm contato com a língua, mas que recebem esse treinamento. Hoje, complementa Shimizu, observa-se que as organizações que mais investem em cursos de línguas, são aquelas consideradas altamente competitivas, que já apresentam uma necessidade constante do uso do inglês no cotidiano corporativo, como também empresas que traçam estratégias e planos globais a curto e médio prazo.
Como conduzir os treinamentos – Para a gerente de soluções empresariais da Seven Idiomas as aulas podem ocorrer tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele. No entanto, quando a empresa opta pelo treinamento interno os alunos podem apresentar um melhor rendimento, já que não precisam gastas tempo com deslocamento até à escola. Nesse caso, é fundamental que a empresa ofereça condições necessárias para a realização dos cursos e isso, por sua vez, significa investimentos em salas equipadas de quadros e flip charts, e a inexistência de interrupções para a resolução de problemas que devem ser solucionados apenas no horário de trabalho.
Antes de combinar um treinamento dessa natureza, a área de RH deve considerar indispensável que a empresa contratada para dar aulas realize um diagnóstico muito acurado da situação atual dos funcionários, suas metas e os meios adequados para que os objetivos desejados possam ser alcançados. Aliado a essa questão, a escola também deve ser sensível em relação à cultura e aos valores da empresa contratante, mas sem perder o foco no objetivo inicialmente traçado na parceria.
Vale ressaltar que antes de escolher definitivamente uma escola para dar aulas, o departamento de Recursos Humanos precisa considerar alguns fatores. O principal deles é checar se a metodologia que será utilizada pelos professores irá atingir às necessidades do treinamento. Além disso, é fundamental verificar o histórico da escola com relação aos demais parceiros e sua reputação em treinamentos corporativos. Para acompanhar os resultados do investimento, o profissional de RH deve ter sempre em mãos relatórios de avaliação contínua, que envolvam tanto o aproveitamento do aluno quanto a freqüência, além da checar o desempenho do funcionário na prática. "É importante também a existência de um canal aberto de comunicação entre o aluno e a escola, onde será possível a exposição de problemas ou desconfortos, que devem ser imediatamente ajustados", destaca Cláudia Shimizu.
A receptividade dos colaboradores - Há casos em que a área de Recursos Humanos tem o apoio da alta direção da empresa para oferecer cursos de línguas aos colaboradores, mas se deparam com um pequeno obstáculo. Devido à correria da rotina corporativa, alguns profissionais apresentam certa resistência para freqüentar as aulas e aprender o idioma. Isso acontece porque acreditam que o tempo que possuem não será suficiente para conciliar as atividades da empresa com algo "extra". Nesse momento, é fundamental que a área de Recursos Humanos tenha estreito relacionamento com o colaborador e ao invés de afirmar que ele "precisa" fazer o curso, é necessário apresentar argumentos que o façam despertar para a importância do treinamento.
O RH pode, por exemplo, apresentar a nova proposta ao público-alvo do curso através de uma breve apresentação. Nesse breve encontro, o funcionário poderá saber as razões que levaram a empresa a promover o treinamento, como a língua estrangeira facilitará suas atividades e influenciará seu desempenho, ou ainda, as reais oportunidades de crescimento dentro da organização, a partir do momento em que ele domine uma nova competência.

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